segunda-feira, 1 de março de 2010
Já ouviu falar em "Body Talk " ?
Técnica baseada na medicina oriental propõe que o paciente “converse” com o próprio organismo para identificar desequilíbrios físicos e psicológicos
Você já conversou com seu fígado hoje? É bem provável que não. A pergunta pode parecer estranha, mas a cada batimento cardíaco, o corpo e mente demonstram o que falta ou está em demasia. No entanto, o corre-corre diário, a alimentação desregrada e as emoções à flor da pele não cedem espaço para uma “conversa” honesta com seus órgãos e emoções. Essa falta de comunicação provoca um desequilíbrio. Para diminuir o número de pessoas “desconectadas” do bem-estar físico, mental e emocional, o médico australiano John Veltheim criou o sistema BodyTalk – a linguagem da saúde (traduzido literalmente para Sistema de Fala Corporal) em meados de 1990.
O tratamento é complementar à medicina tradicional e fundamenta-se em conhecimentos de medicina chinesa, acupuntura e física quântica. Ensinado em 34 países, chegou ao Brasil somente em 2003.
Cansada de constantes crises alérgicas e de um sério problema de endometriose, a fisioterapeuta Ana Cristina Neres, 28 anos, fez uma sessão de BodyTalk, em novembro do ano passado. “Na primeira sessão, tive uma reação esquisita. Tudo que foi trabalhado na consulta desencadeou reações alérgicas e cólicas por três dias. Foi aí que a terapeuta me pediu calma, até porque esse período era de desintoxicação do organismo. Na segunda sessão, foi melhor. Hoje, depois de cinco sessões, pela primeira vez não senti cólica durante a menstruação e a alergia amenizou. As pessoas à minha volta observaram mudanças de comportamento que eu não havia notado”, relata a fisioterapeuta.
A psicóloga Juliana Lara Resende da Gama, que tem com formação em BodyTalk, atende uma média de 40 pessoas por semana. As queixas dos pacientes são diversas: dores crônicas, fobias, estresse. Na sessão, Juliana “pergunta” ao corpo do paciente – seguindo um protocolo científico – qual o problema. “Por meio de biofeedback neuromuscular (um teste realizado por toques com a ponta dos dedos) feito na área do pulso, o BodyTalk possibilita o acesso à sabedoria inata do corpo. Permite-se assim que as ligações necessárias dentro do complexo corpo-mente sejam trazidas à consciência, após leves toques realizados na cabeça e no esterno do paciente”, explica Juliana.
De acordo com Juliana, os efeitos do tratamento podem ser sentidos rapidamente. “Mesmo que cada um tenha um problema diferente, 95% dos meus pacientes falam que depois da primeira sessão já estão se sentindo melhor. O paciente percebe um resultado positivo no sintoma primário que o trouxe à clínica, com a sensação de bem-estar: leveza física e mental, melhor sono, funcionamento do sistema digestivo, alegria a que não estava acostumado. Tem gente que volta a fazer uma atividade física, começa a se alimentar melhor. Como se o entusiasmo voltasse para a pessoa e ela começasse a fazer escolhas acertadas para a saúde. No caso, as sessões do Body Talk não são semanais. Elas têm um intervalo maior para o corpo se recuperar. Tem gente que volta duas, três, quatro semanas depois. O corpo decide”, diz a psicóloga.
Fonte: ANotícia
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