quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Malhar mantém as células jovens

Pesquisadores dizem que exercícios vigorosos podem manter o praticante biologicamente mais jovem, ajudando na luta contra os efeitos da idade



O envelhecimento ativo conduz a uma vida saudável.

Geralmente, as pessoas correm para a academia para garantir que o coração se mantenha saudável, queimar calorias e fazer os ponteiros da balança baixarem, mas quem poderia imaginar que malhar também ajuda a lutar contra o envelhecimento?

Estudo publicado na revista Circulation mostrou que exercícios vigorosos induzem a um efeito anti-envelhecimento que atua no nível do DNA.

“Pessoas que se exercitam têm mais saúde e vivem mais, mas ainda não se sabe muito sobre como a atividade física atua no nível das células”, disse Ulrich Laufs, autor do trabalho.

O pesquisador constatou que adultos acima de 50 anos que haviam malhado vigorosamente ao longo da vida, como maratonistas e atletas de resistência, eram biologicamente mais jovens que pessoas saudáveis que não eram ativas.

Ele e outros colegas de trabalho decidiram investigar como a influência que o exercício tem sobre os telômeros, estruturas que ficam na parte final dos cromossomos e que protegem o DNA de estragos. Uma célula jovem tem telômeros longos, mas, à medida que envelhecemos, eles começam a ser degradados e ficam desgastados. Idosos tipicamente têm telômeros curtos. Quando ele se torna curto demais, a célula morre.

Em experimentos com ratos, Laufs descobriu que quanto mais o animal se exercitava, mais a bioquímica do corpo protegia os telômeros de deterioração. Depois, analisaram um grupo de pessoas saudáveis não ativas e atletas de resistência entre 20 e 50 anos. Constataram que o homem e o rato mostraram os mesmos sinais químicos de que o exercícios estava protegendo os telômeros. Mas os atletas de 50 anos exibiram telômeros maiores que aqueles os sedentários da mesma faixa etária. O cientista diz, no entanto, que ainda não se pode dizer que a atividade física é uma fonte da juventude.

FONTE: Fernando Fischer / texto: Vanessa de Sá

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