quinta-feira, 29 de outubro de 2009

O poder da endorfina na atividade física


Quem gosta de correr ou já correu um dia sabe bem o que é endorfina ou, pelo menos, já sentiu o efeito dessa substância. Bastam alguns minutos de corrida que a sensação de bem estar, euforia, prazer e paz toma conta de todo o corpo.

Para quem nunca ouviu falar, endorfina vem da junção de duas palavras - endo (dentro) e morfina (analgésico). É uma substância natural, ou melhor, um hormônio neurotransmissor produzido na hipófise, região do cérebro, e liberado na corrente sanguínea, proporcionando esse maravilhoso estado de relaxamento e bem estar.

Sentir os efeitos da endorfina não requer horas de treinamento; bastam 30 minutinhos do seu dia em treinos apropriados e com intensidades individuais de acordo com a orientação de um profissional de educação física.

Isso já é o suficiente para muita coisa no seu dia mudar, pois os benefícios desse hormônio são grandes: aumenta a disposição física e mental, melhora o sistema imunológico, melhora o estado de espírito ou bom humor, relaxa, remove os radicais livres, diminui as dores, melhora a memória, aumenta a resistência, fortalece os vasos sanguíneos etc.

Bastam 30 minutinhos do seu dia em treinos apropriados para sentir os efeitos da endorfina

Com todos esses benefícios, não é difícil de encontrar pessoas que praticam atividade física apenas pelo resultado final que o exercício promove. Isso está relacionado tanto para os homens como para as mulheres.

Agora imagine as pessoas que gostam do esporte e também gostam do prazer final que ele proporciona.

Muitas dessas pessoas se sentem até mesmo dependentes da atividade física, isso possivelmente se explica devido as altas concentrações de endorfina circulando no corpo.

Tal fato explica as sensações desagradáveis de irritabilidade, mau humor, ansiedade, falta de concentração, insônia, entre outras em praticantes que, por qualquer motivo, não fizeram seus exercícios. Podemos até comparar com a síndrome de abstinência causada pela interrupção repentina de algumas substâncias que também estão relacionadas ao prazer.

A endorfina, por ter esse efeito analgésico, tira um pouco a sensibilidade do atleta que, durante uma corrida ou a prática esportiva, ultrapassa esses limites, podendo causar graves lesões (contraturas, estiramentos, fratura por estresse, inflamações e até mesmo rompimento de ligamentos etc). Portanto, é preciso conhecer bem os limites do corpo e seguir sempre a orientação de profissionais para não prejudicá-lo.

Temos muitos exemplos de pessoas que durante uma corrida de rua ultrapassaram seus limites para poder completar a prova. No final, além de ganharem suas medalhas e vários cumprimentos de parabéns, como merecido, ganharam também uma lesão que muitas vezes não vale a ousadia de não respeitar seu corpo.

Alguns estudos mostram que a endorfina é liberada no corpo após alguns minutos de exercício. Não se sabe o tempo preciso, pois isso depende de fatores como intensidade, tipo, duração do exercício, entre outros.

Mostram também que, após 72 horas de exercícios de endurance, como maratonas, ainda se observa um aumento na dosagem da endorfina no corpo.

Portanto, é sempre bom estar acompanhado por profissionais da área para que os efeitos da endorfina não cheguem a prejudicar seu rendimento e sua saúde.

Isso cada vez mais confirma que atividade física voltada para saúde e para rendimentos pessoais tem que ser de forma agradável, prazerosa e com orientação, pois exercício físico pode ser tão prejudicial quanto a falta dele.

Por André Nonato, no JC

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